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quarta-feira, janeiro 29, 2014

Ôxente Mainha

By Rita de Cassia Seuret



Raízes, tenho orgulho das minhas!
Uma mistura danada! 


Em homenagem a vóinha Léia, a melhor vó do mundo e, que nos faz muita falta!
Tive o prazer de levá-la à Salvador nos seus 80 anos!




Ôxente, avexado, arretado, aperreado, mucunzá, aipim, vixi, pé na jaca, gororoba, onde judas perdeu as botas, pensando na morte da bezerra, tirar o pai da forca, faniquito, ferrado, fí duma égua, a casa caiu, abafa o caso, acolá, babuleta, bagulho, baranga, imenda, barra da saia, inté, mais pra lá di baguidá, maloca, rango, remela, vai ou racha, vesgo, afff, parei!

http://www.keepcalm-o-matic.co.uk/p/keep-calm-and-oxente-mainha-3/




Oxente, para quem não sabe, é um termo usado, principalmente na região nordeste do Brasil, para expressar surpresa, exclamação.A expressão tem sua origem na frase "Oh minha gente", que logo foi reduzida para "Oh gente!".De acordo com a forma de falar na região, que usualmente pronuncia GE como XE ou RRE, o termo tomou a forma de "Ôxente".(www.dicionarioinformal.com.br)


Aja expressões, palavras, gírias para identificar esses tantos brasileiros!


Fora o sotaque, que as vezes é preciso de tradutor!Rsssss.....


Enquanto o Paulista trabalha demais, o Bahiano está tomando uma brisa, uma breja, vendo o mar!(daria tudo agora para sentir essa brisa)




http://folcloreportaldoprofessor.wordpress.com/


O patrimônio cultural é constituído pelos bens materiais e imateriais que se referem à ação e, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, quais sejam:

- as formas de expressão;
- os de modos de criar, fazer, viver;
- as criações científicas, artísticas e tecnológicas;
- as obras, objetos, documentos, edificações e, demais espaços destinados às manifestações artístico-culturais e,
- os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico.(fundarpe)

Ou seja, o "Ôxente mainha" integra o nosso patrimônio cultural .

Nunca vi um povo tão criativo e versátil como o brasileiro!

É por causa da mistura!

Tenho fascínio pelo meio ambiente cultural, por artes de todas as formas, me especializei em direito ambiental e, procuro conhecer um pouco de tudo, aliado a minha veia curiosa, eita sô!





Vendo o Gonzagão me dá tanta saudade, tenho tanta coisa para conhecer do meu Brasil



Sabedoria Nordestina
























domingo, janeiro 26, 2014

Brasil dos tantos brasileiros





By Rita de Cassia Seuret



Vocês conhecem o conceito de Miscigenação?

www.almirantinos.com


Ato ou efeito de miscigenar.
Cruzamento de indivíduos de raças e de etnias diferentes (ex:miscigenação dos povos africanos, indígenas e europeus) = mestiçagem (fonte: www.priberam.pt/dlpo/miscigenação)

Na atualidade não existe nenhuma sociedade ou grupo social que não possua a mistura de etnias diferentes. Há exceções como pouquíssimos grupos indígenas que ainda vivem isolados na América Latina ou em algum outro lugar do planeta.

De modo geral, as sociedades contemporâneas são o resultado de um longo processo de miscigenação de suas populações, cuja intensidade variou ao longo do tempo e do espaço. O conceito “miscigenação” pode ser definido como o processo resultante da mistura a partir de casamentos ou coabitação de um homem e uma mulher de etnias diferentes.

A miscigenação ocorre na união entre brancos e negros, brancos e amarelos e entre amarelos e negros. O senso comum divide a espécie humana entre brancos, negros e amarelos, que, popularmente, são tidos como "raças" a partir de um traço peculiar – a cor da pele. Todavia, brancos, negros e amarelos não constituem raças no sentido biológico, mas grupos humanos de significado sociológico.

No Brasil, há o “Mito das três raças”, desenvolvido tanto pelo antropólogo Darcy Ribeiro como pelo senso comum, em que a cultura e a sociedade brasileiras foram constituídas a partir das influências culturais das “três raças”: européia, africana e indígena.

Contudo, esse mito não é compartilhado por diversos críticos, pois minimiza a dominação violenta provocada pela colonização portuguesa sobre os povos indígenas e africanos, colocando a situação de colonização como um equilíbrio de forças entre os três povos, o que de fato não houve. Estudos antropológicos utilizaram, entre os séculos XVII e XX, o termo “raça” para designar as várias classificações de grupos humanos; mas desde que surgiram os primeiros métodos genéticos para estudar biologicamente as populações humanas, o termo raça caiu em desuso.

Enfim, "o mito das três raças" é criticado por ser considerado uma visão simplista e biologizante do processo colonizador brasileiro. Orson Camargo (fonte:www.brasilescola.com)

Porque reproduzi o texto acima na íntegra?

Primeiro, qual brasileiro, independente da cor da pele, conhece sua árvore genealógica de pai e mãe, de 05 gerações passadas por exemplo, de forma a afirmar uma etnia em detrimento da outra?

São poucos, alguns gatos pingados...

Nem o mais branco, nem o mais negro pode fazer tal afirmação levando em consideração somente a cor visível aos olhos!

Eu Rita de cor de pele branca na certidão de nascimento, sou uma mistura de muitos povos!

Europeus, Negros, Índios, Pardos...

Minha bisavó materna, que tive o prazer de conhecer, era uma linda mestiça cafusa.

Como eu sou uma mestiça também!

São tantos Silvas que se multiplicaram no Brasil, alguém pode quantificar e identificar o genótipo e fenótipo de cada um deles?(conceitos importantes para o desenvolvimento da genética criados pelo pesquisador dinamarquês Wilhelm  L. Johannsen)

Pois é, porque se discutir e criar rivalidades raciais entre um mesmo povo, que chamo carinhosamente de vira-lata com pedigree?

Rsss, porque foi feito em graus muito variáveis de mestiçagem e pureza, é difícil afirmar até que ponto cada elemento étnico era ou não previamente mestiçado.

Sim, um mesmo povo, brasileiro que, não importa o grau de mestiçagem, fato é!

Misturados há gerações e, com estímulos externos, como cultura peculiar, de norte a sul, de leste a oeste!



É isso que nós somos e, é isso que nós temos que mostrar!

quarta-feira, janeiro 22, 2014

Morte e vida Severina em animação 3D

By Rita de Cássia Seuret








Sinopse:

Morte e Vida Severina em Desenho Animado é uma versão audiovisual da obra prima de João Cabral de Melo Neto, adaptada para os quadrinhos pelo cartuinista Miguel Falcão. Preservando o texto original, a animação 3D dá vida e movimento aos personagens deste auto de natal pernambucano, publicado originalmente em 1956.
Em preto e branco, fiel à aspereza do texto e aos traços dos quadrinhos, a animação narra a dura caminhada de Severino, um retirante nordestino, que migra do sertão para o litoral pernambucano em busca de uma vida melhor. (Retirado do site)



shdo.com.br



domingo, janeiro 19, 2014

Casamento binacional - prós e contras

By Rita de Cássia Seuret



Casamento binacional - representa metade dos casamentos realizados na Suíça.



Divórcios na Suíça - 1 casal a cada 2 se divorciam.

casar com estrangeiro
Fonte:www.escrevologoexisto.com



Minha experiência pessoal pode dizer algumas coisas, já conversamos sobre o assunto em casa por diversas vezes e, o que nos aproximou, quando nos conhecemos, foi a língua portuguesa, a cidade de São Paulo e, os afins.


Tenho a sorte de ter um esposo Suíço Francês que morou por mais de 10 anos no Brasil.



Entre nós, não houve choque de educação, cultura, língua, mentalidade, algumas diferenças consideradas normais, mas fáceis de contornar; tivemos mais trocas de experiências dentro desse universo multicultural.


Particularmente se não tivéssemos a proximidade pelos motivos acima, o casamento seria inviável.


Ainda, antes de nos casarmos na Suíça em 2010, (entrei com os papéis do casamento - regime oficial de participação final nos aquestos e, com o pedido de visto no Consulado Suíço em São Paulo) tivemos tempo para nos conhecermos melhor, criar laços, nossas famílias se conhecerem, enfim, esse tempo foi precioso e imprescindível.



E, se eu não tivesse me adaptado a viver na Suíça, não seria um problema para meu marido ir morar no Brasil, muito pelo contrário, ele o tem como segunda pátria!

Mas nesses 03 anos e meio, a experiência está sendo positiva, fora que tenho uma família Suiça maravilhosa que, entende a mudança drástica e, o processo de adaptação.



Mas se fosse o contrário?Sem afins, sem tempo?Como seria?



O risco seria grande, eu diria talvez abismal!



Historicamente, os casamentos binacionais, entre homens Suíços e, mulheres estrangeiras, além de serem significativos em quantidade, ocorrem há mais de 40 anos e, pessoalmente conheço casamentos assim, com brasileiras e, africanas.

Casamentos esses que já duram mais de 30 anos!O amor e a família prevaleceu!

Mas em contrapartida, o número de divórcios entre casais binacionais, nos últimos anos, é significativo!

Nem tudo é flores, muito pelo contrário, quem têm o sonho do amor alpino, muitas vezes pode se decepcionar, sem contar as sequelas e traumas!

Quem está mantendo relacionamento com um Suiço pela internet, atente, saia do virtual e, busque observar o que é essencial para esse casamento dar certo. 

Quais seriam os motivos por trás dos divórcios?Incompatibilidades, conflitos, choques de educação e, cultura, falta de adaptação ou, abandono e violência conjugal?

Já li informações sobre as questões acima, como também, ouvi depoimentos esclarecedores por sinal.

Um divórcio aqui custa muito caro, envolve várias questões de família, as vezes brigas e, ainda mais se a ex-cônjuge resolve voltar para sua terra natal, levando consigo o filho (a).

Quem fica com a guarda da criança?

Acredito que dentro do contexto probatório, onde se analisa o que é melhor para criança, fica com a guarda, aquele que comprovar poder dar melhores condições de vida.

Se a guarda fica com a mãe estrangeira que retorna ao seu país de origem, o pai Suiço que pagará uma pensão polpuda, quer ter o direito de visitas, férias e acompanhar o crescimento e, desenvolvimento da criança.(nada mais do que justo)

O mais sensato é buscar um diálogo entre os ex-cônjuges priorizando o bem estar do filho (a). 

Algumas mães divorciadas, optam por permanecer na Suiça, já estam adaptadas, com seus empregos e, consideram que o bem estar e, a educação de seu filho (a) vêm em primeiro lugar.

Obviamente, é mais fácil uma separação consensual, sem bens a partilhar e, sem filhos, do ponto de vista jurídico.

Prós e contras de um casamento binacional, trouxe algumas questões que devem ser observadas, o coração é importante, os sonhos também (o homem encara o casamento de uma forma e, a mulher de outra) mas  a racionalidade é condição essencial para essa mistura ser bem sucedida e, com diálogo sempre!